People call me 張厚雄
Nerdices e besteiras
Saturday, December 31, 2011
Ano Novo
Essa é a mensagem típica de ano novo, parafraseada por aí de 10000 jeitos diferentes.
Eu quero propor algo diferente. Desejo para 2012 antes de tudo caráter, disciplina e força de vontade. Independente do ano ser bom ou ruim, que todos nós tenhamos a consciência do que queremos para a vida, que tenhamos um plano de longo prazo para conseguí-lo, e disciplina para implantá-lo e nele persistir.
Força e foco em 2012! Dinheiro, saúde e felicidade são meras consequências...
Friday, September 30, 2011
Aprendendo Banco-Centralês
Princípio 1: Por que resolver em 1 passo um problema que pode ser resolvido em 3? Ou melhor, 5... ou melhor 10!!! Ei, espera... dá para colocar 20 passos aqui!!!
Princípio 2: Nunca unifique as soluções em um lugar só: com tantas tecnologias diferentes por aí, por que focar em apenas uma? Use sistemas web, programas instaláveis, sistemas DOS, máquinas virtuais, pra que juntar tudo num lugar só???
Princípio 3: Cite o maior número de resoluções e circulares possíveis, não se esquecendo de suas datas de publicação. Cite também as leis antigas que já não valem mais. Comece todas as suas frase com algo como "De acordo com a Resolução 9498 de 21/04/1992, com a Circular 8198 de 23/08/1985, que revogou a Circular 8122 de 12/03/1984, ..."
Princípio 4: Fale em código: "estamos enviando o documento 7021, por meio do sistema TTS422, em cumprimento à resolução 9022 de 24/04/1996, após ter obtido o credenciamento para a transação FPKT322 junto ao sistema PPTS300, e com a aprovação da 14a. secretaria para assuntos financeiros..."
Princípio 5: Duplique, triplique, quintuplique trabalho: "estamos enviando o relatório 7575 no formato xml, juntamente ao relatório 7585, de igual conteúdo mas em txt, por meio do sistema XPTO42, e adicionalmente estamos enviando o relatório 7565, também de igual conteúdo, por meio do sistema antigo, XPTO41, que por motivo
Princípio 6: Atenção aos horários para entrar em contato... se você mandar email muito perto do meio-dia, as pessoas já estão saindo para o almoço, e não vão te responder. E olha só, muita gente almoça à uma, então não espere resposta nesse horário também. Às duas calma lá né... o pessoal tá fazendo a digestão, batendo um papo, tomando um café... e às três... bom, tem tanto email, é mais provável que o seu passe batido e ninguém veja... E se for sexta, nem adianta mandar email... ninguém vai ver. Também não adianta ligar de cara sem mandar email. Eles vão pedir para você mandar um email para "formalizar a ocorrência". E nisso você volta à estaca zero porque ninguém vai olhar seu email. A regra então é: mande email cedo e espere até as 4 da tarde. Então ligue, faça tom de bonzinho e pergunte "vocês chegaram a ver o email que eu mandei?" (sabendo que eles não viram). Aí eles vão olhar, não vão poder mandar você mandar um email porque você já mandou, e essa é sua melhor chance de ter seu problema minimamente resolvido.
Tuesday, September 20, 2011
Café
Gosto de café. Não sou maníaco, não conheço variedades, qualidades nem nada... na verdade, bebo café frio, bebo café aguado sem problemas. Não faço questão de nenhum tipo específico, café coado, expresso, italiano, todos me apetecem dos seus jeitos particulares...
alguns pensamentos aleatórios...
café frio pode ser ruim; leite de soja industrial brasileiro também... isso porque para um chinês é meio estranha a combinação de soja com aroma de baunilha, mas.... misturando os dois, fica ótimo! Algo como um Ice Soy Vanilla Coffee....... chique, não? Feito com café amanhecido e leite de soja fajuto!
a medicina chinesa tem visões meio diversas sobre café. As fontes são esparsas, mas uma coisa que li que foi convincente é que o café rouba energia de outros lugares, e por isso não pode ser visto como fortificante, pois não ajuda o usuário a captar mais ou fluir melhor a energia.
Com influência da medicina chinesa ou não, estou evitando café... constato que as épocas que eu mais tomo café coincidem com as épocas que eu durmo pior. Não tenho como ter certeza, mas parece que o café realmente me deixa mais alerta, mas o cansaço fundamental, o que me faz cair na cama e não querer levantar mais, persiste. Não há nada pior que cair na cama cansado e não conseguir dormir.
Como já deve ter ficado óbvio, estou com vontade de tomar o meu Ice Soy Vanilla Coffee... Mas, como também deve ter ficado óbvio, não o farei. Já passa do meio-dia e ultimamente estou voltando a dormir bem...
Wednesday, June 8, 2011
Em um mundo melhor
Tuesday, March 22, 2011
Fotografando a própria câmera
Alguns donos de uma Canon 400D (ou similares) costumam tirar fotos deles próprios segurando essa câmera.
O que vem a ser uma contradição: se tenho essa ótima câmera, quero tirar fotos legais de coisas legais, em lugares legais, capturar momentos, usar técnicas diferentes… se alguém tira uma foto de mim segurando minha câmera, nada disso é possível: a foto provavelmente foi tirada em uma câmera inferior, no modo automático, por um fotógrafo que não tem a menor idéia de como usar os recursos que você tem na sua câmera, os recursos pelos quais você pagou tão caro.
Então veja só: você paga $600 nessa câmera (ou mais, se você a comprou no Brasil), e a foto que você escolhe mostrar pra todo mundo é uma foto amadora!! Na qual não foi você quem tirou a foto e nem foi usada a tal da câmera!!
Friday, March 11, 2011
Jogar fora
Em janeiro de 2012 será inaugurada na USP a biblioteca Guita e José Mindlin, que receberá a coleção do falecido bibliófilo José Mindlin. A coleção inclui raridades como um exemplar autografado de Machado de Assis, uma primeira edição de Hans Staden, do século 16, um original de "Vidas Secas", com anotações de Graciliano Ramos. A biblioteca será num prédio novo de 14 mil m^2, deverá contar com equipamentos e time de profissionais para conservar todas as raridades e controlar o acesso de pesquisadores e visitantes às obras.
É ótimo que esforços como este existam, e que tais raridades sejam preservadas. Mas isso me leva a pensar. Em casa e na vida, sempre jogamos coisas fora. A recomendação do bom senso é sempre ficar com o essencial, e não entupir a casa de coisas que não se usa. Uma das coisas mais difíceis de aceitar na minha vida é justamente como nada dura para sempre, não apenas nos objetos que você usa no dia-a-dia, como também com as pessoas com quem você convive. Muitas das mudanças que se operaram em mim nos últimos tempos têm a ver justamente com aceitar que certas coisas acabaram, que certas idéias, objetos, pessoas têm que ser deixadas para trás. Por mais que eu acredite na validade da idéia, no valor da pessoa, na utilidade dos objetos... todas elas têm sua hora de partir.
Por outro lado, essa biblioteca provavelmente não paga seus custos. São necessários profissionais e equipamentos especializados apenas para preservar tantas obras raras. Obras cujo conteúdo pode ser facilmente digitalizado, dispensando a construção de um prédio, a compra de equipamentos e a contratação de profissionais. Não que eu não goste de saber que um manuscrito do Machado de Assis está preservado e seguro ao meu alcance.
Apenas penso: nós como indivíduos não podemos guardar todas as coisas que fizeram parte de nossa vida um dia. O motivo é que em geral numa certa fase da vida nos dedicamos a, digamos, 3 atividades (1 trabalho, 1 esporte, 1 arte); nos distraímos, em geral, com 5 objetos (TV, filmes, músicas, livros, brinquedos...), e nos relacionamos com digamos 10 pessoas. No nosso tempo e na nossa cabeça só cabe isso. Conforme vão surgindo novas atividades, pessoas e objetos, alguns têm que ser deixados para trás. Simplesmente não há tempo, não há espaço em nossas cabeças.
No entanto quando um somatório de indivíduos, que dedicam uma fração da sua atenção e tempo ao estudo da literatura e a preservação de obras, isso possibilita a construção da biblioteca. Acho que essa biblioteca reflete uma situação inédita na história do mundo: uma situação em que a sociedade produz excedente suficiente para que atividades de baixo retorno, como a pesquisa literária, sobrevivam e se desenvolvam a despeito do dinamismo e baixa durabilidade impostos ao nosso estilo de vida contemporâneo. Há cada vez menos pessoas dedicadas à satisfação das necessidade básicas do ser humano, e esse excedente de tempo, de braços, de inteligência é cada vez melhor direcionado a todos os outros ramos da vida.